A primeira pergunta que alguém faz quando se diz que se anda de bicicleta pela cidade é: ” Não é perigoso? “
A resposta a esta pergunta é: não, se forem tomadas algumas medidas a que se podem chamar de condução defensiva. Isto significa uma condução prudente e sem precipitações, que não se limita a seguir as normas de condução, mas tenta sim prever as possíveis situações imprevisíveis antes que estas aconteçam.
Circular pelo centro da via e fazer-se respeitar. Este é um conselho imprescindível. Existem muitas pessoas que circulam encostadas à berma, tanto na via da direita como na da esquerda. Ao fazê-lo, o utilizador de bicicleta arrisca-se a:
- Ser ultrapassado sem respeito sem distância de segurança. Se você for um condutor de automóvel saberá certamente que uma bicicleta que ocupa toda a via obriga o condutor a abrandar e esperar o momento correcto para ultrapassar. Pelo contrário, uma bicicleta encostada à berma desperta a tentação de ultrapassar de qualquer forma, com uma distância segura ou não. Se estiver entre um carro e a berma, qualquer imprevisto pode ser fatal.
- Que um carro estacionado abra as portas sem olhar. É um acidente frequente e que se deve evitar circulando pelo centro da via.
Elegância, quer da utilizadora como da bicicleta, circulando em Amesterdão numa ciclovia artilhada por deficientes como se verifica no utilizador à sua frente.
Circule a velocidade adequada. Sendo por vezes incómodo, na medida do possível é necessário adaptar a velocidade à estrada por onde se circula. A solução está em escolher as estradas e ruas mais tranquilas.
Fazer-se ver de noite. Seja luminoso e visível.A luz de um dínamo tem a vantagem de ser potente e sempre disponível. Mas atrás é recomendável um reflector e uma luz vermelha intermitente, a pilhas, que não se apague quando parar nos semáforos.
O controverso tema do capacete. Ainda que haja uma recomendação generalizada para o usar, este não garante um segurança total, e cada um deve decidir sobre o seu uso.
Respeite as normas de circulação. Isto é evidente, se não as conhece, deve pedir a alguém que lhas ensine antes de ir para a estrada. No entanto, em alguns casos é vantajoso adaptá-las. Por exemplo, nos semáforos é melhor parar uns metros mais à frente da linha, assim, quando os carros arrancam não se inala tanto fumo e ganha-se uns metros de avanço.
Prenda bem a bicicleta. Mesmo que o seu bairro seja tranquilo e os seus vizinhos umas belíssimas pessoas, há sempre “amigos do alheio”. No mínimo usar um cadeado tipo “fechadura interior”, ou um bom cadeado em forma “U” rígido, o melhor é usar os dois tipos ao mesmo tempo (neste caso o ladrão tem de ser um autêntico mãozinhas). Os cadeados de cabo fino, apesar de se cortarem com um alicate de cortar arame, mas podem servir para prender a roda ou o selim. As bicicletas velhas e já sem pintura, não se excluem desta recomendação. Há que prender o quadro e as rodas, coisa que muitas vezes não se faz convenientemente.
Pedale e cante. Mas deixe a música em casa, os auscultadores dificultam a percepção do tráfego que se encontra nas suas costas.