Cronica sobre a Vélib – Bicicleta urbana de Paris

Um excelente artigo escrito pelo jornalista Sena Santos, publicado no jornal "Diário de Noticias"

Fonte: http://dn.sapo.pt/2007/08/30/opiniao/o_verao_bicicleta.html

Paris excitada com o programa de bicicletas ao serviço do cidadão. "Dois milhões de alugueres em 39 dias com tempo execrável, é o êxito. Serviço lúdico torna-se meio de mobilidade alternativo ao car-ro e transporte público. O parisiense faz da da bicicleta veículo quotidiano. Há pontos de entrega de bicicletas todos os 300 a 500 metros. Ao café no bairro vizinho vou de bicicleta, e noutra para regressar. Muitos que se riam agora são utentes. É um serviço público quase gratuito e tem efeito ecológico ideal" [Libération]. Uma delegação londrina viajou a Paris para estudar o programa para o adoptar.

Na comunidade urbana de Lyon funciona há 18 meses um sistema semelhante: "Cada vez mais gente usa bicicleta entre a casa e o trabalho ou a escola. A chuva é obstáculo que adequados impermeáveis superam sem problema" [Le Progrés]. Marselha vai juntar-se, de início com 750 bicicletas: "A ideia é a uma cidade apaziguada, com menos confusão de carros e autocarros" [La Marseillaise]; "Ninguém imaginava que as bicicletas pudessem revolucionar tão depressa a vida e deslocação na cidade. Para o 'maire' socialista de Paris, Delanoe, o êxito do Vélib é inesperada rampa de lançamento para a reeleição" [Libération]. Cidades como Bordéus, Nantes, Mulhouse, Rouen, Besançon estão a aderir à ideia que a empresa Decaux quer levar para os EUA.

Le Temps inventaria tendências que ficam (perspectiva de Genebra) como marca do Verão de 2007: "Tudo verde e bio. Moda, 'design', arquitectura, cosmética, ali-mentação, tudo apanhado pela vaga verde. Coca Zero e Óculos Wayfarer. Estilo Kirsten Dunst. Turismo em eco-cabana. Planos para viagens 'low-cost' a Leste, Roménia, mar Negro, Tallinn e Riga. Figura política: Cecília Sarkozy."

Entretanto, La Repubblica lembra: "O Verão do amor foi há 40 anos, em São Francisco, com a geração da liberdade sexual e da recusa da guerra. Nesse Verão de 67 a América entrou em rebelião interior."