Se concorda com a posição pública da FPCUB SUBSCREVA-A ENVIANDO O TEXTO ABAIXO PARA avenida.liberdade@cm-lisboa.pt ATÉ 30 DE JULHO DE 2012
Nas alterações propostas pela Câmara Municipal de Lisboa para a Av. da Liberdade e Rotunda do Marquês de Pombal, de entre as várias soluções possíveis para esta zona e tendo em conta os constrangimentos, limitações físicas e orçamentais, a criação de ciclovias no corredor central será na minha opinião a melhor opção, subscrevendo assim a posição pública da FPCUB.
“Estas ciclovias seriam unidirecionais, situadas entre a faixa BUS e o passeio, e balizadas por elementos de pequena dimensão tipo “olhos-de-gato” ou outros elemento emborracha, por exemplo. Os cruzamentos devem ser bem sinalizados e devidamente marcados, garantindo uma excelente visibilidade da ciclovia, e evitando deste modo conflitos indesejáveis (como por exemplo ganchos nas viragens) – os ciclistas não se devem sentir inseguros ao fazer estes atravessamentos. No mesmo sentido, nos semáforos deverão ser previstas “bike-boxes”. No topo da Avenida, a ciclovia deverá ter continuidade na rotunda interior, situando-se nas zonas intermédias entre as duas rotundas, estabelecendo a ligação para a Av. Fontes Pereira de Melo. No final da Avenida, a ligação ao Rossio seria feita por meio de um corredor BUS+BICI, já que neste local a velocidade de circulação dos Transportes Públicos não é muito diferente da velocidade dos ciclistas.
Acreditamos que esta solução (de entre as possíveis) é que garante mais segurança aos ciclistas, é a que promove mais a mobilidade em bicicleta e a que passa melhor a mensagem de que a CML quer apostar na bicicleta como um dos meios de transporte principais na cidade, ao lado do transporte público, do transporte individual e da pedonalidade. A sua inclusão no corredor central, é uma afirmação forte da presençada bicicleta na cidade, e uma plataforma de partida para um corredor central, que deverá continuar pelas Av. Fontes Pereira de Melo e Av. da República até ao Campo Grande – um eixo radial na cidade que tanta falta faz para que a bicicleta seja cada vez mais um actor com plenos direitos na cidade.
Relegar a bicicleta para uma solução menor, dissolvida nos corredores laterais, em algumas situações de circulação em contra-sentido, será para os utilizadores menos experientes e aqueles que ainda não optaram pela bicicleta, um fraco incentivo para que escolham este meio de transporte sustentável. Embora exista a intençãode reduzir a velocidade de circulação nestas laterais, a quantidade de conflitos com estacionamentos para cargas e descargas, tomada e largada de passageiros, estacionamentos abusivos, e eventuais excessos de velocidade (principalmente em horários fora da hora-de-ponta), irão contribuir para que a convivência entre bicicletas, automóveis e peões seja tudo menos pacífica. Todos estes constrangimentos e conflitos, irão fazer com que a circulação de bicicletas seja menos flúida nestas laterais, e principalmente no sentido descendente, os ciclistas experientes irão continuar a optar pelo corredor central. Também nesta solução, a continuidade do percurso é dificultada, já que a ligação ao Rossio implicaria cruzar a Avenida da Liberdade. “