No final do mês de Agosto, a FPCUB publicou um comunicado sobre as declarações de Carlos Barbosa (ACP), que veio lançar a ideia de que o seguro deveria ser obrigatório para as bicicletas. Discordamos por completo desta ideia: oferecemos uma cobertura deste género a todos os nossos associados com cotas em dia, mas entendemos que a obrigatoriedade do mesmo não faz qualquer sentido.
Link do comunicado:https://www.fpcub.pt/2013/08/comunicado-sobre-as-declaracoes-de-carlos-barbosa-acp
O ACP volta novamente a abordar este assunto, publicando esta semana na sua revista um artigo sobre a matéria – quer-nos parecer que estamos perante uma campanha que ataca diretamente a bicicleta e os seus utilizadores. Um acto falhado, já que a grande maioria de quem se faz deslocar de bicicleta, são também condutores de automóvel.
Mantemos a mesma posição que assumimos quando publicámos este comunicado: exigir um seguro obrigatório para utilizadores de bicicleta, faz tanto sentido como exigir um seguro obrigatório para qualquer cidadão que circule a pé.
O seguro é obrigatório para veículos motorizados, devido ao potencial destrutivo destes. Uma bicicleta tem um potencial destrutivo insignificante – aliás, até no artigo agora publicado na referida revista dá um exemplo paradigmático: um acidente aparatoso que “provocou a confusão”, mas que do mesmo não resultaram danos de maior, sendo depois feita uma especulação sensacionalista.
Casos em que os danos provocados por uma bicicleta são incomportáveis para o condutor da mesma, serão raros (ou mesmo inexistentes). Tal como o são para os peões.